Datas são
algo interessante! Afinal, são somente datas. Um número a mais no calendário,
um dia a mais no mês, um pôr do sol a mais para se aproveitar, mas elas chegam
e, aí sim, começamos a lembrar dos acontecimentos daquele dia.
Em uma
data específica lembro o seu cheiro, em uma hora específica lembro do seu
sorriso, e algum lugar perto de sua casa lembro dos nossos beijos, e a cada
minuto lembro de você nos meus braços, a cada momento do meu dia lembro de
está ao seu lado e realizando um sonho mágico, a cada segundo lembro o quanto te amo.
Essas
datas são ótimas para podermos lembrar o tanto que amávamos aqueles momentos e
o quanto demos de nós mesmos a outra pessoa. É nessas datas que se acostuma sair por ai e andar.
Sabe
aqueles dias que você anda por ai sem saber o rumo certo? Sem esperança! Simplesmente anda porque não sabe aonde sua
vida vai chegar? Você anda pelas ruas como se fosse um turista perdido no meio
da multidão esperando uma informação de algum rumo a se tomar.
A cada
esquina Você acaba pensando como tudo aconteceu e tenta achar respostas em cada
passo de sua caminhada sem destino. Tenta achar respostas em cada rosto de
casais se abraçando e se beijando apaixonadamente, quando menos se espera você
está com um sorriso bobo no rosto olhando aquele casal sentado em um banco de
uma praça qualquer, e então caí uma lágrima. Uma lágrima que representa a
felicidade de poder presenciar aquele momento, mas também representa a saudade
e o vazio que fica no seu coração, vazio este deixado depois que o seu amor se
foi, e esse lugar nunca será preenchido de novo. Quando um grande amor se vai,
não existe felicidade, não existe outra paixão, não existe nenhum sentimento
que possa ocupar esse espaço que não seja a saudades.
Essas
caminhadas às vezes fazem bem para podermos pensar como está nossa alma e nosso
coração. Quanto mais você caminha mais começa a perceber o quanto que está confuso
lá dentro de sua alma, o quanto está atrapalho lá no fundo daquele espaço que
um dia foi de um grande amor. A cada nova rua, começamos a perceber o tanto que
um minuto tirado para nos, podem ser útil e prazeroso. Um coração partido
precisa de tempo e além do mais um coração partido precisa de se acostumar com
as dimensões do mundo, Por quê? Porque é esse mesmo coração partido que tem que
se acostumar com a dimensão do vazio que o habita.
Quando
ando pelas ruas sem destino, tento achar um lugar que possa ficar por ali algum
tempo, simplesmente pensando, não pensando na dor e no sofrimento, mas pensando
no que pode acontecer. Penso no casal apaixonado no banco da praça, penso no
menininho tentando se equilibrar no skate na rua logo atrás, penso no Senhor
com o seus, sei lá 72 anos, sentado lendo mais um jornal. Penso nas pessoas que
já passaram por um amor perdido, e como conseguiram se acostumar com a dor,
pois, um grande amor nunca pode ser substituído, somente precisamos acostumar
com a dor de perdê-lo.
Há um
lugar que possamos está. O mundo é tão grande como não existir um lugar que
possamos ficar simplesmente sentados e pensando nessas datas, ou talvez nem
pensando nelas, mas sentindo o que se sentia nesses dias. Aquela felicidade de
poder sorrir e ver o sorriso do outro, o suspiro depois de um beijo na nuca,
até as brincadeiras com isqueiros que deixaram cicatrizes. Gosto de acreditar
que uma cicatriz é como uma marca no calendário está ali para lembrarmos que
existiu algo naquele dia, algo que possamos lembrar e sim abria aquele sorriso,
o mesmo sorriso quando vemos um casal apaixonado no banco da praça.
Quando se
torna inviável a presença de alguém que possa te ajudar, quando o que mais se
quer é se livrar dessa ansiedade que a saudades nos proporciona o melhor jeito
é procurar aquele refúgio, não que um refúgio seja um lugar físico, mas uma
maneira que se sinta confortável com a sua dor, andar, cantar e escrever. Olhar
as coisas e pessoas a sua voltar, tentar entender como o amor pode ser tão alto
destrutivo é algo complicado, mas a cada lágrima que escorre dos olhos
percebemos que o amor pode ser alto destrutivo, mas foi nesse grande amor que
entendemos o bem que a presença do outro nos faz.
Sim! Todas
as datas marcantes me lembram de você. Eu posso chorar, eu posso me
entristecer, posso até querer beber doses e mais doses de vodka tentando
esquecer. Talvez até quebrar alguns copos e dar murros em paredes
desconhecidas, mas uma certeza que tenho em todas essas datas e em todos os
lugares que passo e me lembro de você é que: Não me arrependo de nenhum momento
que estive ao seu lado. Não me arrependo de nada que fiz e sacrifiquei por
você, só lamento o dia que você não conseguiu reconhecer todos esses
sacrifícios e desapareceu sem dizer Adeus.

texto escrito em: 20 de Abril de 2015
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